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Como a pandemia do COVID-19 pode nos ensinar a sermos a melhor versão de nós mesmos

  • Sociedade

No final do mês de abril, fiz uma live no meu Instagram @vabo23 com o Dr. Carlos Mario, psicanalista e criador do @psicanalisedescolada.

Nós conversamos sobre este momento de pandemia, que trouxe a todos muitas incertezas e medo do futuro, e sobre o que é necessário fazer diante desta nova realidade.

O papo foi super bacana e, se você perdeu, não se preocupe! A seguir, separei alguns destaques, para que você saiba quais são os principais pontos de atenção nesse “Novo Normal” e comece a se preparar para o que virá pós-pandemia. 

Vamos lá?

É preciso aprender a lidar com as zonas cinzentas da vida

O isolamento social tem provocado uma série consequências difíceis. O ser humano está começando a perceber sua vulnerabilidade diante de um vírus tão pequeno, mas tão poderoso, capaz de interromper vidas e virar de ponta-cabeça a rotina desta geração.

Mais do que nunca, estamos refletindo sobre a brevidade da vida e nutrindo uma preocupação mais responsável a respeito do que temos feito dela e de como a aproveitamos. 

Da mesma forma, estamos levando um choque de realidade, que rompe com nosso sentimento de superioridade sobre a natureza e com o ego gerado pelos avanços tecnológicos já realizados.

A humanidade entendeu que não é capaz de todas as coisas, que não tem controle sobre tudo e que não pode parar aquilo que a natureza impõe. E, obviamente, mudanças dessa magnitude geram algumas preocupações, como não saber quando tudo isso vai passar e como estaremos quando passar, enfim.

A empatia é nossa principal arma de combate 

A impossibilidade natural de prever o futuro tira o sono de muitos, mas especialmente daqueles que perderam seus empregos, entes queridos e que viram ruirar suas empreitadas e planejamentos.

A urgência de adaptação a uma nova rotina tem sido motivo de estresse, ansiedade e desequilíbrio. Houve um aumento considerável do desgaste mental, porque estamos ainda mais conectados, além da necessidade de conciliar trabalho, casa e estudos, o que colocou muitos que nunca trabalharam remotamente em situação de desespero.

Um termo trazido pelo Dr. Carlos durante a live foi a palavra “desamparo”. Todo ser humano nasce desamparado, como uma condição natural que só pode ser remediada através do cuidado uns pelos outros, da solidariedade e empatia.  

Este cuidado é capaz de manter as pessoas vivas, pois cada ser humano possui limitações que precisam ser complementadas por aqueles que estão ao seu lado.

Portanto, só é possível clarear a visão através da ajuda mútua e reflexão profunda sobre o que estamos vivendo.

Devemos resistir para não sucumbir

Não somente agora, durante a pandemia, mas em qualquer situação de crise, precisamos nos fortalecer e nos preparar para imprevistos. 

É preciso ter resistência. Isso, claro, não significa começar a ignorar e desrespeitar todos os decretos e conselhos de órgãos superiores, que trabalham incansavelmente na luta contra a disseminação do vírus. Não é resistir às informações, à ordem, mas sim lutar pela vida, lutar pelas pessoas e, mais do que nunca, descobrir – ou redescobrir – nosso papel na sociedade. 

Aproveite este momento para fazer estas reflexões e repensar o que fazer da vida.

Aprenda algo novo, a que antes você não tinha a possibilidade de se dedicar. Tenha paciência com aqueles que estão próximos, respeite os processos e busque informações de fontes seguras.

“Mas, Vabo, o que isso tem a ver com resistência?” 

Tudo! Encontrar pontos de equilíbrio e buscar desenvolvimento é fundamental para que você não fique parado e esteja apto a se adaptar da melhor forma possível às mais diversas realidades.

Os períodos de instabilidade exigem que estejamos munidos de conhecimento para esta adaptação. Por isso, é essencial que eu e você tenhamos como pilar a busca pela educação. O aprendizado deve ser constante e dessa forma não haverá possibilidade de estagnação.

Este processo se torna ainda mais gratificante quando realizado juntamente com outra pessoa. 

Pense naqueles que estão próximos a você. Como vocês podem contribuir para o crescimento, para refletir e repensar a vida, propor mudanças e novas formas de expressar as relações humanas? 

Resista ao incerto com a certeza de que está fazendo algo bom!

Devemos estar sempre em busca de alternativas

Em nossa live, o Dr. Carlos Mario também comentou sobre o conceito que o filósofo francês Gilles Deleuze, juntamente com Felix Guattari, trabalhou na obra Anti-Édipo, chamado “linhas de fuga”. 

Uma pessoa ter essas linhas significa que ela tem alternativas para, justamente, não sucumbir no meio de uma crise. É como se, em vez de seguir apenas uma rota para casa, você mapeasse várias rotas. Assim, quando uma for bloqueada, você tem outras. 

Ou seja, aquele que tem linhas de fuga, está pronto para inovar e se reinventar.

Por isso, busque alternativas para o seu trabalho, para sua renda fixa, para sua renda complementar. Além do que você faz, profissionalmente, quais hobbies poderiam se tornar uma fonte de renda? Como você pode contribuir com outras pessoas?

Também é importante buscar alternativas para o seu lazer, vida social e cuidados com a casa e com a família. Dividir tarefas, desenvolver novos hábitos, ir atrás de novos hobbies – tudo isso pode transformar este primeiro impacto negativo em algo extremamente positivo!

Mas onde buscar essas alternativas? Como projetar algo novo?

Não há uma resposta concreta e nem fórmula mágica. É preciso estudo, dedicação e seriedade para enfrentar os desafios. Leia livros, faça pesquisas, tenha um mentor, procure exemplos de pessoas que superaram a crise, filtre as informações e comece algo novo, do seu jeito e no seu tempo. 

Ali no #VaboIndica, você encontra várias indicações essenciais para despertar sua criatividade e gerar novas ideias!

Além disso, deixei uma recomendação especial no final deste artigo para te ajudar a dar o primeiro passo 😉

A dificuldade de hoje vai formar quem seremos amanhã

O caminho para o crescimento não é fácil. Pelo contrário: sempre que pergunto para uma pessoa em quais momentos ela percebeu maior desenvolvimento na vida, a resposta nunca foi, até hoje, nos momentos felizes e de sossego.

É fato que são os desafios da vida que aceleram nosso desenvolvimento. Ao passar por dificuldades, nosso instinto humano anseia por procurar saídas e estratégias de superação.

Por isso, nessas horas, é sempre importante estar acompanhado de pessoas que nos entendem, que possuem objetivos similares ou comuns aos nossos.

A caminhada se torna mais fácil quando percebemos que não precisamos passar pelo sofrimento sozinhos e temos alguém para dividir o fardo. Faz toda a diferença quando na guerra temos alguém junto na trincheira.

Precisamos descer do pedestal

Ao compartilhar suas ideias, ao contar o que estão planejando, muitas pessoas têm receio de que outros possam roubá-las. 

Engana-se quem pensa assim. Quando uma ideia é compartilhada, quando seu idealizador pede opiniões, é aí o momento em que ele pode validar seu projeto e saber se dará certo, se será viável..

A pandemia é o momento ideal para descermos do pedestal e começarmos a nos ajudar. É preciso que as pessoas decidam caminhar juntas, trocando suas ideias, seus conhecimentos e suas habilidades. 

Uma mentalidade egocêntrica reduz a grandiosidade das experiências, das trocas, e limita o que uma pessoa pode realizar na vida.

O que levaremos da pandemia

O momento de quarentena exige muita responsabilidade e diversos cuidados, em relação à higiene, mas também à saúde mental.  É importante pensar nesta fase como um aprendizado para a vida. Cada momento, hoje, representa uma etapa de aprendizados e mudanças.

Por exemplo: nós já aprendemos a valorizar mais os pequenos detalhes da vida, as coisas que estão próximas e criamos novos hábitos de higiene. Também entendemos a importância de ajudar o próximo e se colocar à disposição, mas também aprendemos a respeitar os limites.

Nossa mentalidade foi transformada no sentido de como construímos nossas relações com outras pessoas e também com a natureza. Ficou claro que não somos os donos do mundo e por isso, é mais importante estar primeiro a serviço de algo, em prol de alguma causa. 

É preciso, então, dar continuidade a esses aprendizados, pensar em como o ser humano continuará produzindo de forma menos ameaçadora para o planeta e para nossos companheiros, e como cada indivíduo estará posicionado na sociedade em prol dessas mudanças positivas.

É preciso valorizar e entender que, possivelmente, as maiores maravilhas do mundo podem estar ao seu lado, na sua casa. Elas podem ser seu pai, sua mãe, cônjuge, amigos, irmãos, colegas de trabalho.

É preciso se lembrar que o mais importante, você já tem à sua disposição, e é você mesmo!

Momentos de crise e imprevistos são os mais oportunos para que você desenvolva suas soft skills e reflita sobre o que você pode transformar em si para, então, transformar sua realidade.

Na corrida pela mudança, queira apenas ser melhor que você mesmo

É praticamente impossível mudar o mundo inteiro sozinho; porém, a sua própria mudança está ao seu alcance!

Sabemos que não temos o controle de nada a não ser, no máximo, de nós mesmos. Estamos em situação de vulnerabilidade constante neste mundo. Então, em vez de procurar mudar o mundo todo, podemos, com muita dedicação mudar a gente.

Busque ser a sua melhor versão todos os dias. Reveja seus conceitos, valores e crenças. Troque feedbacks com quem estiver ao seu lado e procure levar adiante tudo o que tem aprendido. 

Esta é a atitude mais importante para mudar o mundo: aprender a ser a melhor versão de você mesmo!

Para encerrar, deixo aqui a recomendação prometida: o TED imperdível do Steven Johnson, “De onde vêm as boas ideias”.

E para conferir na íntegra a conversa incrível que tive com o Dr. Carlos Mario, é só clicar no vídeo abaixo!

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2 comentários em “Como a pandemia do COVID-19 pode nos ensinar a sermos a melhor versão de nós mesmos”

  1. Pingback: Impactos do COVID-19 na Economia: como devemos nos posicionar?blog do vabo

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