Em outubro, tive o privilégio de bater um papo com o Luiz Manzano, fundador da BigBets, no MBA Fora de Hora do Além da Facul.
A BigBets é um fundo de venture capital que não só aporta recursos, mas que pensa o negócio junto com o empreendedor.
Se quiser conferir o papo completo, é só dar play ao fim do artigo!
E só lembrando que, caso você tenha vontade de se aprofundar nesse tema, aqui no blog tem muitos conteúdos bem bacanas nas categorias Empreendedorismo, Liderança e People Skills, assim como nas minhas redes sociais.
A trajetória empreendedora de Luiz Manzano
Durante nossa conversa, o Luiz contou sobre sua trajetória, que começou há dez anos trabalhando com empreendedores, na Endeavor.
A Endeavor é uma rede que tem como objetivo formar um ambiente propício ao empreendedorismo, e que está espalhada em quase 40 países, com cerca de mil colaboradores no mundo. A organização tem a cultura de pensar grande e fazer acontecer, e já apoiou mais de mil empresas ao redor do planeta.
Após esse período na Endeavor, há dois anos, ele começou com o fundo, empreendendo e investindo em empreendedores. Ao enxergar uma dor, decidiu colar nos empreendedores e trabalhar com eles como um sócio muito próximo, ajudando a tomar decisões melhores, e assim surgiu a BigBets.
Aprendizados na Endeavor
O primeiro aprendizado foi “dar osso maior que a pessoa é capaz de roer”, que significa dar às pessoas desafios maiores do que a capacidade delas, pois só assim elas poderão evoluir.
O segundo aprendizado foi ensinar as pessoas a cultura da mentoria, a importância de se ter empreendedores abertos e dispostos a trocar experiências.
Isso é fundamental porque alguém que passou pelo desafio certamente pode ajudar quem está começando, ou quem está em outro ponto da jornada. Com a mentoria, a pessoa pode aprender mais, conectando-se e aprendendo coisas novas.
Sobre isso: um fato curioso que tem ocorrido é que empreendedores antigos estão procurando os empreendedores da nova geração para se atualizarem, para aprender com eles.
O empreendedorismo de Luiz na BigBets
O caminho escolhido pelo Luiz foi o de empreender como investidor. Ao ver o que pessoas da mesma idade que ele estavam fazendo, ele percebeu que estava contando a história delas, não construindo a própria, e isso começou a incomodá-lo.
O projeto nasceu da sensação de que ele já tinha dois fatores essenciais: rede de relacionamento e conhecimento; mas faltava coragem, correr o risco.
A primeira ideia foi montar uma empresa, mas alguns amigos quebraram essa barreira mental e o incentivaram a montar um fundo. Ele já tinha experiência com empreendedores e encontrou um sócio com conhecimento em investimentos, que é o Alexandre.
Ou seja, o Manzano entendeu que estava fugindo da vocação e voltou para ver as barreiras, as crenças limitantes, removeu isso e seguiu o caminho do empreendedorismo.
Outros aprendizados durante a jornada
Luiz estudou na Singularity University, que fica em uma base da NASA e foca em resolver os maiores problemas do mundo. Nesse curso foi colega, por exemplo, do Jorge Paulo Lemann.
A universidade tem como mantra: “Como você vai impactar positivamente a vida de um milhão de pessoas?” E, lá, estavam cerca de 100 pessoas incríveis pensando nisso. Gente muito boa, tentando pensar grande, e assim muita coisa se materializou. Eles têm um sistema de ensino baseado na fronteira de conhecimento da ciência aplicada a negócios, e isso amplia em muito a mente das pessoas.
E o que a BigBets ensina?
Na BigBets, eles passam de duas a três horas por dia lendo, porque não devemos parar de aprender nunca. Então, seu negócio tem que ser prazeroso – do contrário, nem rola.
Já com a pandemia, o maior aprendizado foi: “não tem por que no Brasil, um país extremamente complexo, não fazer uma empresa digital”. A única chance de ter um salto geracional no Brasil é criar um negócio digital pensando no mundo.
Sobre isso, fica a recomendação do texto “What is a tech company” – publicado no blog da empresa Stratechery.
Lá tem vários conceitos sobre o que é uma empresa de tecnologia: custos marginais tendem a zero; empresas que criam economias em escalas, efeitos em rede, criam ecossistemas.
Insights finais
Para o momento pós pandemia, o Luiz é otimista: acredita no milagre econômico nos próximos dez anos, pois vê uma combinação de pessoas querendo fazer algo, muito capital disponível, bons exemplos ao redor – e, juntando tudo isso, é capaz de termos um salto no país.
Um sonho do Luiz é “sentir que criamos ponto de encontro de pessoas muito boas, as quais foram importantes para uma transformação do país, baseada em tecnologia e empreendedorismo. Queremos destravar um monte de gente talentosa.”
Por fim, uma dica final para os empreendedores: “você deve pensar grande, aprender negócios, aprender tecnologia, se juntar a gente boa, pois, com tudo isso, as coisas naturalmente vão dar certo.”
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