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Quero mudar de carreira. Como faço?

Recebi no meu Instagram @vabo23 o professor Gabriel Trindade (@gabrieltrindadetr) para falar um pouco sobre carreira e soft skills – temas muito relevantes, porém pouco compreendidos pelo público nos dias atuais. 

O bacana dessa conversa é que eu e mestre Trinda temos algumas coisas em comum.

Ambos somos professores e, principalmente, ambos somos inconformados com o sistema educacional de hoje. 

Trinda, por exemplo, é matemático de formação com mestrado na área. Dá aula há mais de 10 anos, porém, nos últimos tempos, decidiu sair de estruturas que já não faziam sentido para ele e ingressou em algo mais “prático”, como ele próprio diz. 

Se achou no marketing digital e, no Instagram, continua como professor, porém de matérias do dia a dia. 

Tendo de lidar com os desafios de uma transição de carreira, ele deu dicas super bacanas para quem está nessa mesma jornada. Confira os destaques a seguir:

Mudar de carreira é um desafio

A mudança de carreira ou de um curso, ainda é muito má vista na nossa sociedade. 

Aquela ideia de que você tem que ter uma carreira sólida, seguir na sua área de graduação e se dedicar a uma formação específica continua muito forte no nosso dia a dia, especialmente quando somada à ideia de que, logo cedo, precisamos definir o que fazer pelo resto da vida.

Por isso, não é incomum ver filhos entregando os canudos da formação para os pais como uma libertação de “fiz, tá feito. Agora estou livre”.

É justamente por isso que o Trinda ajuda seus alunos e seguidores a fazer uma pivotagem em suas carreiras.

Sua missão é ajudar as pessoas a monetizarem seus sonhos na internet, quebrando a máxima “ou faz o que gosta, ou faz o que dá dinheiro”. 

Por que todo o apoio é bem-vindo na hora de mudar de carreira

Por que alguém tem que ajudar a gente a mudar de um curso ou carreira em que não estamos felizes?

Infelizmente, devido à mãe de todas as crises: a crise educacional.

Nossa educação é pautada em ensinar ferramentas, técnicas, 1+1=2. Ela não é pautada em habilidades emocionais, por exemplo, como se comportar perante a um problema, como se comunicar com os demais, como vender… 

O erro no nosso ensino é massacrado . Acontece que as mudanças passam por erros, e muitos. 

A importância de poder mudar de ideia

Estamos vivendo no modo “Waze”: sabemos que queremos ir de ponto A a B e tem várias rotas possíveis nesse trajeto. 

Ou seja, o caminho vai se fazendo durante o caminho. 

Talvez, na metade do trajeto, o app encontre outro caminho melhor e mude a direção; talvez você mesmo decida ir para o ponto C ao invés de B. 

Empreender,hoje, principalmente no meio digital, é assim: tem que ir fazendo a rota para saber qual caminho é o melhor. O meio digital não tem livros que expliquem como fazer sucesso; eles vão te dar as ferramentas – o que você vai construir com elas, é sua responsabilidade.

Mas também é por isso a tentativa e erro é primordial: fazer rápido, entender o que dá certo e o que dá errado e seguir em frente.

Ninguém tem a fórmula do sucesso. Ela não existe.

É preciso saber como errar…

Os testes de 6 meses atrás não terão o mesmo resultado de agora. O que funcionava antes talvez não funcione hoje, e vice-versa. 

Nesse sentido, Trinda dá a dica do teste do quintal: o objetivo é o cachorro, você quer pegá-lo, mas está difícil. O que fazer? Cercar o quintal. 

Cercando o quintal, você reduz o espaço e facilita pegar o cachorro. Além disso, sabe que tudo o que está fora do quintal não te interessa. 

Por isso, cerque o seu objetivo e defina quais ações são possíveis dentro desse espaço, isolando o que está fora. 

…mas, para errar, é preciso agir

Sobre isso, Trinda comentou que antes era muito passivo. Era cheio de ideias, mas nunca as executava, até que viu uma ação muito semelhante à ideia que ele tivera e essa ação deu muito certo. 

A execução é mãe de todas as habilidades. Lance rápido, erre, se retroalimente com seus erros, aprenda e lance de novo. 

Um ação mal feita está muito à frente do que qualquer ideia sem ação. 

Sabemos que errar é massacrante em nossa sociedade e que fazer essa disrupção não é fácil. A escola é um mecanismo de poda de habilidades. Nós nascemos criativos, temos as fases dos “porquês”, mas na escola somos ensinados o oposto disso. 

É incomum exemplos de filhos chegando em casa e tendo feedbacks dos seus erros, podendo compartilhar o que aconteceu de errado no seu dia e ter dos seus pais um retorno semelhante, sobre erros no trabalho, com o vizinho, etc., para que juntos, em família, se possa em uma solução para resolução dos problemas. 

Em vez disso, a conversa sempre vai pro lado de “ficou em primeiro na atividade”, “tirou nota máxima na prova”, sempre exaltando competitividade e conquistas, e não o que pode ser melhorado. 

Esse ambiente de invulnerabilidade forma pessoas que não conseguem absorver informação de outra pessoa que tem postura ou cargo maior que você em uma situação. 

Mesmo se for uma pessoa que você admira e que fale algo com o qual você concorda, tende-se a discordar por não querer ser vulnerável. Isso atrapalha o feedback. 

Mas é cada vez mais comum querermos pessoas vulneráveis, que errem. Os influenciadores perfeitos estão ficando pra trás. 

Como mudar de carreira

Quando tentar mudar de área, de carreira, sempre terão pessoas te chamando de maluco, mas não terceirize seus problemas. Mostrar que você pode mudar é um dever seu, não dos outros. 

Você tem que mudar sozinho e, se quiser respaldo positivo dos demais, você tem que fazer por onde, mostrando resultados ou, no mínimo, esforço.

Use o networking a seu favor. Use para aprender, para ensinar e para monetizar o que você pode ensinar. 

Cuide sempre da sua base de networking, esteja disponível o máximo que puder e retribua o que puder.

Enfim, abrace a mudança

E como sair da área de conforto e aceitar essa mudança? 

Primeiro, e mais importante, aceite que você não é o dono da verdade. 

Procure e também seja para os outros a pessoa que talvez não concorde com a ideia, mas que, se der errado, não vai julgar com frases do tipo “eu te avisei”, “você deveria ter me escutado”, etc.

Procure e seja  a pessoa que diz “eu vou te ajudar”, “você ainda pode tentar de novo ou fazer outra coisa”. 

E não desanime. Vai ser difícil e você vai errar muito, mas, como disse Churchill, “se estiver passando pelo inferno não pare de andar”. 

Persista, erre, retroalimente, aprenda, faça. Não espere o propósito para agir: aja e descubra seu propósito. 

Assista à live completa dando play no vídeo abaixo!

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