(Parte da delegação brasileira no stand do E-Commerce Brasil no Shop.org 2014 em Seattle)
O Shop.org se consolida como o segundo maior evento de e-commerce do mundo e nesta edição de 2014 em Seattle contou com 5.200 participantes, 250 expositores e quase 200 brasileiros, que é a maior delegação internacional.
Esta é a quarta vez que vou a eventos de e-commerce nos Estados Unidos e acredito que foi a melhor. Compartilho abaixo os principais aprendizados que tive:
1) Números sobre E-Commerce, Varejo e Conversão
- A indústria de e-commerce americana é 25 vezes maior do que a brasileira. A previsão é de faturar 300 bilhões de dólares em 2014
- A indústria de e-commerce representa hoje 9% do total do varejo americano. Lojas de departamento caíram para 5% e perdem share para o online há 13 anos consecutivos
- A conversão americana via smartphone (1%) ainda é baixa se comparada com desktop/laptop (2,7% com tendência de queda) e de tablet (2,1% estável), porém tem franca tendência de alta
2) Cenas dos próximos capítulos: Amazon, Alibaba e Marketplaces
Para uma plateia de 3.000 pessoas, o palestrante perguntou: “quantos aqui possuem pelo menos um device da Amazon?” Resposta: 80%
Em seguida, perguntou: “quantos aqui são assinantes do Amazon Prime?” Resposta: 90%
Tive a oportunidade de ler o livro “The Everything Store” (recomendo fortemente!), assisti no Shop.org à palestra do autor Brad Stone e tive uma reunião com a Amazon na sede global em Seattle. É impressionante a constância dos assuntos. Aqui você encontra o resumo.
Outras informações impressionantes:
- Onde começa a compra online nos USA :: Amazon 53%, Google 11%
- Crescimento: eBay 8%, Amazon 22%, Alibaba 100%
- Usuários: Amazon 250 milhões, Alibaba 500 milhões
- Faturamento da Alibaba é 2,5 vezes maior do que a Amazon
- Tráfego em marketplaces :: Brasil 20%, USA 33%, China 90%!!!
- Governo chinês criou uma área especial para importação dos produtos dos sellers americanos para o marketplace da Alibaba (Tmall)
3) Omnichannel é o desafio dos próximos anos
- 70% das pessoas que compraram na loja física da REI.com, pesquisaram o produto/categoria no site da REI.com até 7 dias antes
- Relato interessante de lojas virtuais que estão aplicando um novo modelo de comissionamento dos vendedores das lojas física e virtuais :: metas de vendas unificadas e se for feita uma venda online para entrega num raio de até 5 km2 de uma loja física, o vendendor da física também é remunerado
4) Mobile é a nova plataforma dominante
- Tráfego mobile/touch :: Walmart 50%, Target 50%, Best Buy 39%
- Vendas mobile :: Zulily 50%
5) Como competir: diferenciação, experiência do cliente, personalização, big data, precificação dinâmica
Provocação para as lojas virtuais que não são top10 do mercado:
- Are you smarter?
- Do you have big budgets?
- Do you have a stronger brand?
Como a resposta é provavelmente “não” para as 3 perguntas, as lojas virtuais não-top10 ou de nicho devem buscar fatores de diferenciação, que propiciem experiências personalizadas aos clientes, lançando mão de big data e precificação dinâmica para obter vantagens competitivas.
Recomendo olharem os modelos de negócios inovadores destas lojas virtuais americanas :: Birchbox, Zulily, Houzz.
Luis Vabo Jr em nov/2014